Depois do Tiago Pinto falar sobre Nike como um exemplo a ser seguido de marca que sabe dialogar com o consumidor, foi a vez do Marcelo Coutinho, Diretor de Análise do Ibope Inteligência, subir ao palco e provocar a platéia aqui no WTC Convention Center, na Conferência 2008 do Grupo de Planejamento. Segundo ele, a maior parte do mercado de comunicação hoje está agindo exatamente como a Igreja Católica nos tempos em que detinha o monopólio sobre o conhecimento - anunciantes e agências tentam manter o poder sobre suas marcas sendo controladores dos meios e das mensagens. Só que a realidade mudou. Estudo publicado em 2007 pela Edelman, maior agencia de RP do mundo, diz que as fontes mais respeitadas pelos jovens americanos de
Boa parte do sucesso do Barak Obama deve-se ao fato de ter percebido isso e ter se colocado nas mãos do consumidor. Entre outras iniciativas, quem se cadastrava no site do político era levado à página mybarackobama.com onde você era estimulado a interagir (por exemplo, montar sua página) e a se manifestar (por exemplo, postar e encaminhar mensagens) em troca de pontos que podiam ser convertidos em camisetas ou entradas para as convenções do partido. E isso é só um pequeno exemplo. As marcas que querem sobreviver a este novo presente (não se pode dizer mais que o mundo digital é o futuro!), precisam deixar de atuar como "comandantes em chefe" e apostarem na construção de um capital social com o qual o consumidor irá querer interagir em troca de satisfação emocional, operacional e/ou financeira. Ainda tem pouca gente fazendo isso bem feito. Resta saber quais serão as marcas que realmente terão coragem de inovar por convicção e deixar a segurança de repetir as velhas fórmulas.
Texto de Patricia Marinho, BlueBus
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