Impacto da crise no mercado de comunicação cresce; agências terão que inovar |
O mercado de comunicação está sentindo o impacto da crise em seus negócios. Pelo menos foi o que disseram 89% das agências que responderam à segunda pesquisa da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) sobre ambiente de crise. No primeiro levantamento, realizado em outubro, pouco depois de a crise estourar nos Estados Unidos, 63% estavam otimistas, acreditando que seus negócios não seriam afetados, e 53% relataram que sentiram o impacto. Mas a solução para evitar consequências drásticas está dentro das agências. Para o presidente da Abracom, Ciro Dias Reis, esse é o momento de elas mostrarem que podem ir além dos serviços prestados e conhecidos pelas empresas. “Cabe às agências identificar as oportunidades de serviços diferenciados que as empresas necessitam”, observou Dias, em entrevista ao Comunique-se. Ele acredita que 2009 será um ano de desafio para o setor, o que vai permitir que as agências e profissionais do mercado cresçam em suas especializações. “Muitas empresas vão descobrir o potencial que nossas agências podem oferecer. Muitas vão ver que seu parceiro pode fazer mais e com olhar mais estratégico. Toda essa nossa expertise tende a ser valorizada”. Ele afirma que a prova de que esse é um momento de inovar é que a pesquisa aponta que 50% tiveram oportunidades de negócios desde o início da crise e 61% informaram que não houve queda no número de prospecções/concorrências para novos projetos. “Eu tenho caso de clientes que demandaram atividades específicas em situações de crise. Você pode realocar recursos de outras áreas para atividades mais emergenciais. E há empresas que fazem sacrifícios para gastar mais do que estavam gastando, e sabem que precisam de uma atividade específica neste momento. Nossa atividade tem viés estratégico para as empresas”. Trinta por cento das agências já receberam de seus clientes demanda para o enfrentamento dos efeitos da crise. Outros números Em outubro do ano passado, na primeira pesquisa, 29% tiveram que rescindir contratos tendo como justificativa a crise financeira e 13% substituíram contratos de longo prazo por projetos de curta duração. Com o cenário econômico atual, 66% das empresas já sabem que terão que reprogramar seus investimentos. Demissões O presidente da Abracom está otimista. "Como nosso setor é dinâmico, tem capacidade de criar alternativas, eu imagino que esse retrocesso pode ser compensado ao longo do segundo semestre". Resultados Para a maioria, os três serviços que serão mais afetados com essa crise serão os de eventos, assessorias de imprensa e publicações. A pesquisa |
11 de março de 2009
Impacto da crise no mercado de comunicação cresce; agências terão que inovar
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